Mapear a cadeia de fornecimento de carne bovina até a origem é fundamental para que as empresas identifiquem riscos socioambientais em suas cadeias e implementem as medidas necessárias para garantir o cumprimento de seus compromissos. No entanto, o gado é criado em vários estágios diferentes na pecuária, e rastrear sua origem até fazendas individuais - onde ocorre a maioria dos riscos de sustentabilidade - continua sendo um desafio significativo.

Este elemento tem os seguintes objetivos:

·       Consolidar as melhores práticas para rastreabilidade do setor de carne bovina, com foco geográfico no Brasil

·       Traçar um processo para as empresas mapearem sua cadeia de fornecimento de carne bovina e implementar sistemas de rastreabilidade adequados, considerando as principais ferramentas e desafios para as diferentes etapas da cadeia de fornecimento

·       Mostrar exemplos práticos do que diferentes empresas já estão fazendo para mapear e monitorar sua cadeia de fornecimento de carne bovina

Processo de rastreabilidade

1.       DEFINIR O NÍVEL E EXTENSÃO DA RASTRABILIDADE

Definir o nível de rastreabilidade necessário para cumprir um compromisso de compra responsável de carne bovina é um primeiro passo importante, pois permite que as empresas combinem seus compromissos com a alocação de recursos viável e atinjam a granularidade de que precisam para agir.

Para empresas no final da cadeia, a rastreabilidade total não precisa ser o objetivo final, pois isso é caro e complexo, e um entendimento significativo pode ser alcançado chegando ao nível do abatedouro. Isso pode ser seguido do engajamento de um subconjunto de fornecedores prioritários com base em uma avaliação de risco. As empresas no início da cadeia, por outro lado, devem ter como objetivo rastrear o gado até o nível da fazenda de nascimento.

2.       COLETAR INFORMAÇÕES

Uma vez que o nível de rastreabilidade e a extensão tenham sido determinados, a próxima etapa para as empresas é a coleta de dados de rastreabilidade, engajando seus fornecedores diretos. Explicar aos fornecedores por que a rastreabilidade é necessária e definir quais informações eles devem compartilhar é uma parte importante do processo. O tipo de informação solicitada será diferente entre as empresas em diferentes posições ao longo da cadeia de fornecimento de carne bovina.

3.       MAPEAR A CADEIA DE FORNECIMENTO

Após coletar informações de seus fornecedores diretos, as empresas podem mapear sua cadeia de fornecimento de carne ou subprodutos bovinos. Existem muitas maneiras diferentes de abordar isso, incluindo o uso de plataformas de dados abertos como o Trase, trabalhando com fornecedores para desenvolver seus sistemas existentes e ferramentas de geomonitoramento.

Mapear a cadeia de fornecimento além do abatedouro talvez seja o maior desafio de rastreabilidade que as empresas enfrentam devido à falta de dados e visibilidade, mas uma série de ferramentas inovadoras estão sendo desenvolvidas para resolver esse problema.

4.       CLASSIFICAR

Tendo mapeado sua cadeia de fornecimento, as empresas podem então categorizar seus volumes rastreados como ‘conhecidos’ e os volumes não rastreados como ‘desconhecidos’. Neste ponto, as empresas precisam definir um plano e cronograma para rastrear esses volumes "desconhecidos", aumentando assim a rastreabilidade de sua cadeia de fornecimento.

5.       MONITORAR

A cadeia de fornecimento de carne bovina passa por mudanças frequentes na base de fornecimento, então as empresas precisam configurar um sistema para atualizar e revisar os volumes "conhecidos" em intervalos regulares. A comunicação regular com fornecedores diretos também é importante para monitorar o progresso na rastreabilidade.

Mais informações estão disponíveis na nota informativa abaixo - BN02 Rastreabilidade e Transparência na Cadeia de Fornecimento da Carne Bovina